Facilidades
como a escada rolante, o elevador, o automóvel e o controle remoto, apesar de
trazerem grande conforto, contribuem para o sedentarismo. E aliada à má
alimentação e à falta de atividade física pode resultar em uma doença até pouco
tempo ignorada: a síndrome metabólica.
Esse mal
da vida moderna nada mais é que a associação de vários fatores de risco que
amplia – e muito – o desenvolvimento de doenças ateroscleróticas
cardiovasculares, entre as quais, o infarto cardíaco, o acidente vascular
cerebral (AVC) e a morte súbita.
Homens são os mais atingidos
Homens são os mais atingidos
Segundo a
International Diabetes Federation, um quarto da população adulta mundial
tem síndrome metabólica. As principais vítimas são os homens com mais de 40
anos; entretanto, as mulheres não estão livres da doença – principalmente as
que entraram na menopausa.
Um estudo
realizado no HIAE com 3202 homens que realizaram checkup entre 2001 e 2003
apontou que 1000 deles - ou seja, mais de 30% - apresentavam a síndrome
metabólica. “Os indivíduos estudados são os personagens típicos para a doença:
executivos assintomáticos que não se exercitam adequadamente e têm hábitos
alimentares irregulares. Consequentemente estão acima do peso, acumulando
gorduras, principalmente na região abdominal”, explica o
Dr. Neubauer, responsável pelo estudo.
Quem
desenvolve a síndrome, em princípio, não tem sintomas que possam sugerir uma
visita ao médico. Quando os sinais começam a aparecer é porque a doença está em
estágio avançado e perigoso. Para quem fuma e ingere bebidas alcoólicas com
frequência, os riscos de impulsionar o avanço da doença são ainda maiores.
Hábitos
A
síndrome metabólica é atribuída a hábitos pessoais adotados: dietas
hipercalóricas associadas ao sedentarismo. Essa combinação resulta em uma série
de alterações metabólicas, como resistência à insulina – em casos mais
avançados da doença pode-se desenvolver o diabetes –, elevação da pressão
arterial e dos triglicérides, redução dos níveis do colesterol bom, além de
obesidade abdominal.
É
possível prevenir
A melhor
forma de prevenir a síndrome metabólica é manter alimentação adequada, rica em
frutas, verduras e legumes, com pouca fritura e refeições de fast-food. Os
exercícios físicos também são fundamentais. A recomendação da Organização
Mundial da Saúde (OMS) é que se pratique 30 minutos de atividade física – que
pode ser fracionada ao longo do dia – pelo menos cinco vezes por semana.
Entretanto,
se a pessoa apresenta alguns fatores de risco como obesidade abdominal e
glicemia alta, o mais indicado é procurar um médico para avaliação. “Com
diagnóstico precoce, é possível ter melhores resultados no tratamento da
síndrome”, explica o dr. Neubauer.
A
avaliação médica periódica é importante para acompanhar os níveis de
colesterol, glicemia e triglicérides e se manter alerta caso os níveis
estiverem aumentando. O cardiologista recomenda: todos os indivíduos acima de
20 anos devem passar por uma avaliação preventiva de rotina. A periodicidade
das reavaliações dependerá das alterações encontradas neste primeiro
rastreamento.
A chave
do sucesso é o diagnóstico precoce e a conscientização do paciente sobre a importância
dos seus hábitos de vida no desenvolvimento da síndrome. Assim, é possível
reverter a instalação das alterações metabólicas cujo impacto no sistema
cardiovascular pode ser devastador. (Fonte: Hospital Albert Einstein)
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