sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tireoide: uma verdadeira fábrica de hormônios

Em formato de borboleta, a tireoide produz hormônios T4 e T3 considerados os combustíveis que fazem nosso corpo funcionar a todo vapor!

 
Essencial para o bom funcionamento do organismo, a tireóide é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo humano. Pesando cerca de 20 gramas, ela está por trás de muitas funções em nosso corpo: controla o ritmo do metabolismo e do coração, aumento ou diminuição do peso, a saúde da pele e dos cabelos até o desenvolvimento do bebê durante a gestação. Sua principal função é a produção e armazenamento dos hormônios tireoidianos: T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), feita através da estimulação das células pelo hormônio da hipófise, conhecido como TSH.
Hipotireoidismo x  Hipotireoidismo

A falta ou a produção exagerada de algum desses hormônios leva a alterações como: se há baixa produção, hipotireoidismo. Já o excesso, é o hipertireoidismo. Dentre os sintomas do primeiro caso estão cansaço, desânimo, prisão de ventre, excesso de sono e problemas da memória. Porém quando a produção é maior, é comum o paciente sentir taquicardia (aceleração dos batimentos do coração), tremores, perda rápida de peso e apresentar olhos mais saltados e nervosismo constante. Sem contar que em ambos os casos, haverá alterações na menstruação, nos níveis de colesterol e na perda da vitalidade dos cabelos e  pele.

Nos últimos anos, verificou-se um aumento do número de pacientes que apresentam distúrbios de tireoide. Dentre os fatores que colaboraram para este aumento está o maior acesso da população a exames que auxiliam na descoberta do problema e também os diversos fatores ambientais tais como o bisfenol (composto químico utilizado na produção de plásticos) e o estilo de vida das pessoas. O excesso de consumo de soja e sal também pode estar relacionado ao aumento de casos de disfunção tireoideana.

Mulheres sofrem mais

As alterações na tireoide estão mais presentes nas mulheres, principalmente no climatério (período que antecede a menopausa), por volta dos 40 anos, pois é quando os hormônios variam muito e o nível de estresse aumenta. Porém, ao contrário do que muito se fala, a tireoide não pode ser culpada pela obesidade. O que acontece é que em hipotireoidismo, o metabolismo é mais lento e diminui o gasto calórico. Geralmente, o ganho de peso é de cerca de 4kg, ou seja, nenhum exagero. Mas atenção, após o início do tratamento e ajuste da dose ideal do medicamento, a tireoide não influenciará no peso da pessoa.
 
Tratamento
 
Apesar de não ter cura, as pacientes respondem bem ao tratamento.  Nos casos de hipotireoidismo, é indicada a reposição hormonal. E quando a glândula é ativa em excesso, o tratamento é feito com medicamentos antitireoidianos, que reduzem a síntese do hormônio produzido em excesso, ou ainda com a administração de iodo radioativo e cirurgias em alguns casos.

O importante é que notando qualquer alteração em seu organismo, incluindo cansaço ou nervosismo demais, o indivíduo procure um médico e questione se não seria interessante  avaliar o funcionamento da tireoide.

 
Dados do autor:
Dr. Eduardo Altieri | Médico Endocrinologista  | CRM/SC: 12.591 | RQE: 9.852

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