quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Síndrome Metabólica: união de fatores de riscos


Facilidades como a escada rolante, o elevador, o automóvel e o controle remoto, apesar de trazerem grande conforto, contribuem para o sedentarismo. E aliada à má alimentação e à falta de atividade física pode resultar em uma doença até pouco tempo ignorada: a síndrome metabólica.

Esse mal da vida moderna nada mais é que a associação de vários fatores de risco que amplia – e muito – o desenvolvimento de doenças ateroscleróticas cardiovasculares, entre as quais, o infarto cardíaco, o acidente vascular cerebral (AVC) e a morte súbita.
Homens são os mais atingidos

Segundo a International Diabetes Federation, um quarto da população adulta mundial tem síndrome metabólica. As principais vítimas são os homens com mais de 40 anos; entretanto, as mulheres não estão livres da doença – principalmente as que entraram na menopausa.

Um estudo realizado no HIAE com 3202 homens que realizaram checkup entre 2001 e 2003 apontou que 1000 deles - ou seja, mais de 30% - apresentavam a síndrome metabólica. “Os indivíduos estudados são os personagens típicos para a doença: executivos assintomáticos que não se exercitam adequadamente e têm hábitos alimentares irregulares. Consequentemente estão acima do peso, acumulando gorduras, principalmente na região abdominal”, explica o Dr. Neubauer, responsável pelo estudo.

Quem desenvolve a síndrome, em princípio, não tem sintomas que possam sugerir uma visita ao médico. Quando os sinais começam a aparecer é porque a doença está em estágio avançado e perigoso. Para quem fuma e ingere bebidas alcoólicas com frequência, os riscos de impulsionar o avanço da doença são ainda maiores.

Hábitos

A síndrome metabólica é atribuída a hábitos pessoais adotados: dietas hipercalóricas associadas ao sedentarismo. Essa combinação resulta em uma série de alterações metabólicas, como resistência à insulina – em casos mais avançados da doença pode-se desenvolver o diabetes –, elevação da pressão arterial e dos triglicérides, redução dos níveis do colesterol bom, além de obesidade abdominal.

É possível prevenir

A melhor forma de prevenir a síndrome metabólica é manter alimentação adequada, rica em frutas, verduras e legumes, com pouca fritura e refeições de fast-food. Os exercícios físicos também são fundamentais. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que se pratique 30 minutos de atividade física – que pode ser fracionada ao longo do dia – pelo menos cinco vezes por semana.

Entretanto, se a pessoa apresenta alguns fatores de risco como obesidade abdominal e glicemia alta, o mais indicado é procurar um médico para avaliação. “Com diagnóstico precoce, é possível ter melhores resultados no tratamento da síndrome”, explica o dr. Neubauer.

A avaliação médica periódica é importante para acompanhar os níveis de colesterol, glicemia e triglicérides e se manter alerta caso os níveis estiverem aumentando. O cardiologista recomenda: todos os indivíduos acima de 20 anos devem passar por uma avaliação preventiva de rotina. A periodicidade das reavaliações dependerá das alterações encontradas neste primeiro rastreamento.

A chave do sucesso é o diagnóstico precoce e a conscientização do paciente sobre a importância dos seus hábitos de vida no desenvolvimento da síndrome. Assim, é possível reverter a instalação das alterações metabólicas cujo impacto no sistema cardiovascular pode ser devastador. (Fonte: Hospital Albert Einstein)

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